terça-feira, 11 de maio de 2010


não, ela nunca tinha visto os azulejos da casa de banho através da porta das traseiras. já que não era costume ela entrar pelas traseiras.
trazia vestido o casaco de sair, aquele que era guardado religiosamente para ocasiões mais importantes.
a verdade é que ela nem sabia qual era a razão de o estar a usar. ultimamente tinha chegado à conclusão que havia deixado de medir consequências (talvez por isso estar a usar o casaco).
caramba! e como eram bonitos os azulejos daquela perspectiva.
o cenário era curioso, um tanto ou quanto estranho:
era ela, à porta com o casaco vestido e com um sorriso parvo a olhar para azulejos.
e se o resto do mundo soubesse sequer o que lhe passava por trás daquele sorriso(...)
não! que jamais seria desvendada a vida toda escondida além daquela porta.

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