segunda-feira, 14 de junho de 2010


quando eu caminho de encontro a casa, de encontro a ti, de encontro a mim; é como se tivesse comido a mesma coisa dias seguidos e em cada dia, a cada hora, é como se a mesma comida tivesse tido um sabor diferente que permanecia na minha boca.
há outras alturas em que não me sabe a nada.
secalhar eu só preciso de uma chave. não falo da chave que abre, mas da chave que desvenda. eu já vasculhei, eu já percorri meio mundo em diagonal e não encontro.
a chave vai fazer com que eu atinja o limiar entre a imaginação e o que pode ser real, como já te havia explicado.
ah, preciso que tomes conta de mim e que me dês comida com mil sabores. que me abraces e me agarres e me prendas e me vasculhes.
achas que me podes agarrar com a mesma força com que eu te agarrei (e ainda te agarro)?
achas que me podes prender bem presa da próxima vez que eu me dirigir a ti sem palavras?
acredita que não posso ir mais longe.